O Museu Bacia do Paraná/ UEM, em parceria com a Emater, faz exposição duas exposições capitais/ importantes para a preservação da história de Maringá e região circunvizinha. Trata-se da história da cafeicultura e da extração de madeira, desde os primeiros anos de fundação da cidade de que completa seus 65 anos.
A Coordenadora do MBP, Professora Sandra Pelegrini curadora da mostra, juntamente com o Prof. João Batista da Silva, destaca: “Os ambientes recriados com painéis e artefatos da década de 1940 e 1950, e a exposição de inúmeros utensílios utilizados na lavoura do café e no dia-a-dia dos primeiros agricultores que se instalaram em nossa região emocionam os visitantes. Senhores e senhorinhas, hoje acompanhados de seus filhos, netos e bisnetos ao se depararem com esta exposição rememoram aqueles tempos de grandes labutas. Eles vivenciam as alegrias e agruras das famílias que se ocupavam da lida com o café e demais produtos utilizados para a alimentação das famílias e dos animais cavalos, suínos, bovinos e aves, e ainda, de animais selvagens encontrados na floresta naqueles anos”.
A Profa. Pelegrini assinala que esta exposição é muito oportuna, pois no dia 18 de maio comemora-se o Dia Nacional dos Museus e revela que a exposição organizada na Expoingá é valiosa porque coloca o Museu Bacia do Paraná com um número significativo de pessoas. Além disso, a professora assinala, “essa mostra faz com que os visitantes relembrem as conversas informais à beira do fogão à lenha, os ‘causos’ contados pelos adultos e a sensação fascinante de rememorar os velhos tempos. Para os adultos que outrora eram crianças, a experiência de rever ‘a cozinha e parte dos modos de viver’ impregnados nas suas lembranças torna-se fascinante. Alguns visitantes chegam a confessar que estas imagens os remetem até ao aroma da comida caseira e aos ruídos aterrorizantes da floresta e dos animais, nas noites de lua cheia, quando as crianças podiam brincar no terreiro antes de se recolherem para dormir”
Por outro lado, a professora acrescenta que a exposição sobre a história da exploração da madeira e lembra que naqueles anos “não se tinha a consciência ecológica que se tem hoje, portanto não havia muita preocupação com a devastação. A madeira extraída da floresta era utilizada nas próprias propriedades rurais para a construção de cercas e utensílios utilizados nas atividades cotidianas, bem como na edificação de moradias, igrejas, prédios comerciais e públicos.
A extração desmedida de madeiras nobres naquela época, como é o caso da “peroba rosa”, muito utilizada nessas construções, hoje não existe mais em nossa região.
De todo modo, a exposição de ferramentas (serrotes, machados) utilizados na derrubada da mata e de ferramentas usadas no tratamento da madeira (bancadas), segundo o Professor Especialista João Batista da Silva, secretário do Museu Bacia do Paraná e formado em Geografia, “suscita a curiosidade dos visitantes da Expoingá e, ao mesmo tempo, evidencia que a importância da preservação de áreas nativas, ações propositivas no âmbito do reflorestamento”. A coordenadora do MBP, Dra. Pelegrini, lembra também que “a despeito do atual modismo, é de grande o reaproveitamento da madeira, muito utilizada na atualidade em móveis feitos com madeiras de demolição”.
A fazendinha da Emater e as duas exposições organizadas em parceria com o MBP/UEM constituem algumas das atrações da Expoingá 2012 promovida pela Sociedade Rural de Maringá entre 10 e 20 de maio em Maringá. Para o professor João Batista da Silva, um dos curadores da exposição, “a abrangência desse evento anual de Maringá expressa a grande importância do Museu Bacia do Paraná/ UEM, estar participando desse evento e comemorando o Dia Nacional do Museu em um evento capaz de reunir tantas pessoas e aproximá-las das atividades desenvolvidas pelo MBP, em especial no dia 18 de maio (sexta-feira).
A Expoingá 2012 , segundo os organizadores, deverá receber cerca de 150 mil visitantes, entre eles, produtores rurais, estudantes, técnicos e moradores urbanos. Esse evento que está comemorando 15 anos de existência e se integra a celebração dos 65 anos de Maringá está sendo realizado em parceria com a Sociedade Rural de Maringá, a Secretaria de Estado da Agricultura, a Prefeitura do Município e os órgãos Iapar, Emater e UEM, além de outros parceiros da iniciativa privada.
Muito interessante Jota, vale a pena fazer uma visita.a
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