terça-feira, 6 de agosto de 2013

Amigo diz à polícia que filho de PMs planejava matar os pais e sonhava ser matador de aluguel

O delegado titular da divisão de homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil de São Paulo, Itagiba Franco, afirmou, durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (6), que um colega de escola de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, disse em depoimento à polícia que o amigo lhe confidenciou um plano para matar seus pais, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa da elite da Polícia Militar, Luís Marcelo Pesseghini, e a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini. 

Ambos foram mortos a tiros nessa segunda-feira (6) na residência do casal, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. A mãe da policial, Benedita de Oliveira Bovo, 65, e tia de Andreia, Bernadete Oliveira da Silva, 55, também foram mortas. 

Sargento da Rota, a mulher, que também é PM, e o filho, mortos nesta segunda-feira (5)
Sargento da Rota, a mulher, que também é PM, e o filho, mortos nesta segunda-feira (5)
Na entrevista, Itagiba Franco leu depoimento deste amigo, de 13 anos, prestado hoje. "Ele sempre convidava para fugir de casa, alegando que tinha o sonho de ser matador de aluguel e tinha um plano de matar os pais durante a noite, sem que ninguém soubesse, e fugir com o carro", afirmou o delegado, citando o depoimento dele, que seria o melhor amigo de Marcelo.
O carro de Andreia Regina, um Corsa Sedan, foi encontrado próximo da escola de Marcelo, na Freguesia do Ó. A polícia acredita que ele tenha ido ao colégio, com o carro da mãe, depois de ter cometido os crimes. O delegado disse que o amigo reconheceu Marcelo em imagens de câmaras de segurança mostram o carro com o garoto. 
Uma professora do garoto disse à polícia que ontem, na escola, Marcelo teria lhe perguntado se ela havia dirigido carro alguma vez quando criança e se já teria atingido os pais.
O delegado-geral afirmou que "tudo leva a crer" que o garoto matou os familiares e depois se suicidou, mas disse que as investigações ainda estão em andamento. "Nossa presunção inicial parece que está se confirmado, e tudo leva a crer que o garoto matou os pais e se suicidou."
Segundo o delegado, a pistola .40, que era da mãe e que matou os cinco, foi encontrada na mão esquerda de Marcelo, que levou um tiro do lado esquerdo da cabeça. Franco afirmou que a polícia tem certeza de que o garoto é canhoto.
De acordo com ele, a perícia identificou que o pai, a avó e a tia avó de Marcelo estavam de bruços, em posição de quem dormia profundamente, quando foram mortos. Já a mãe estava de joelhos, em posição de submissão, com os braços em frente à cabeça, o que indica que ela estaria acordada na hora do crime.
"Isso já nos chamou a atenção porque não é usual". Para Franco, se fosse um crime encomendado, "fatalmente teria briga, ou qualquer coisa do tipo". "Não foi isso que evidenciamos. Houve ali alguma coisa muito particular, muito familiar."

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