quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Confusão na Câmara de Floresta

Dezenas de pessoas invadiram o plenário da Câmara Municipal de Floresta (30 km de Maringá) durante a sessão da última segunda-feira. A manifestação foi organizada para marcar a insatisfação contra o fato de os vereadores terem rejeitado, na semana anterior, um projeto de lei de autoria do Executivo que autorizaria a prefeitura a comprar um terreno e repassá-lo à Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) para a construção de casas populares.

O tumulto impediu a realização da sessão, e o presidente da Casa, Cláudio Paixão (PMDB), precisou chamar a polícia para conter os invasores.
Uma mulher gritou que os vereadores estavam prejudicando o povo de Floresta por "picuinhas políticas", citando supostos desentendimentos pessoais com o prefeito. Os cinco vereadores da oposição votaram contra o projeto de aquisição de terreno. Anteriormente, outra proposta de construção de casas também havia sido rejeitada.

Pessoas que participaram da movimentação garantiam que na próxima sessão, segunda-feira que vem, estarão de volta por entenderem que a pressão pode levar os vereadores da oposição a voltar atrás na decisão e autorizar o Executivo a negociar a construção de casas com a Cohapar.
O convênio com a companhia possibilitaria a construção de 130 unidades. O governo do Estado já havia disponibilizado R$ 330 mil para ajudar na compra do terreno, e a prefeitura entraria com mais R$ 400 mil. Os beneficiados com as casas pagariam prestações que poderiam variar entre R$ 50 e R$ 80 por mês.
O grupo oposicionista na Câmara, liderado pelo presidente Cláudio Paixão e por Ademir Luiz Maciel (PSC), se defende afirmando que a movimentação não teria partido do povo, e sim do grupo ligado ao prefeito José Roberto Ruiz (PP).
Segundo Maciel, a reprovação do primeiro projeto, que visava à construção de 262 unidades pelo programa Minha Casa, Minha Vida, por quatro vereadores da situação, foi orientada pelo prefeito. "Se eles não queriam a aprovação naquela época, por que pouco mais 1 mês depois mudaram de ideia e querem aprovar um projeto semelhante?"
O prefeito José Roberto Ruiz viajou na manhã de terça-feira para Curitiba e não se manifestou sobre a invasão da Câmara. Segundo a assessoria da prefeitura, o protesto não teve qualquer interferência do prefeito.

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