Entrevista do Mês: Dr Robson

Paranense nascido em Campo Mourão, batalhador e  apaixonado pela medicina. Esse é  Dr Robson Ramos, o entrevistado do mês de junho do Ivatuba em Foco. Vencedor da ultima enquete com quase 60% dos votos, no bate papo a seguir ele conta um pouco sobre a sua trajetória de vida, um balanço dos 6 anos em que vive em Ivatuba e claro, responde a pergunta que muitos querem saber. É ou não é candidato a prefeito da cidade. 

ATENÇÃO- Perguntas como se fosse prefeito o que faria pela saúde, ou pela segurança, não foram feitas pois podem ser compreendidas como propaganda politica fora do prazo. 

Primeiramente, eu queria agradecer em nome do todos internautas que votaram em você pela gentileza de estar cedendo essa entrevista e também te parabenizar pela vitória na enquete do blog.

Robson, você mora a pouco tempo aqui em Ivatuba, apesar de conhecer e conviver com muitas pessoas, são poucos que conhecem a tua história, então, conte para nós aonde você nasceu, como surgiu a paixão pela medicina, em que lugar realizou seus estudos e a quanto tempo exerce a sua profissão.

Meu nome é Robson Ramos, tenho 36 anos, nasci dia 08/10/1975 em Campo Mourão- Pr. Após um tempo meus pais se separaram e com 4 anos de idade fui para Curitiba. Morei lá até 1992 quando fui para Cuiabá-Mt fazer Colégio Agrícola que era vontade de meu pai. Após acabar colégio fui para Curitiba trabalhar e estudar (cursinho) pois minha vontade era ser médico. Em 1995 um grande amigo de infância me convidou para ir estudar na Bolívia, fiquei com receio no começo, minha família não aceitava (tinham medo).

Apesar de tudo fui, foi uma época difícil meu pai tinha falecido recente e minha mãe era zeladora de um colégio e não tinha condições de pagar meus estudos sozinha. Foi então que meus irmãos me ajudaram, tempo difícil foi o tempo em que estudei lá em Santa Cruz (Bolívia). Outra língua, pouca grana e meu amigo conseguiu transferência para o Brasil, mas não importava tinha uma meta e venci. Fiquei 5 anos, voltei e acabei meu último ano no Brasil foi quando me formei no final de 2001.

Formado, comecei minha residência de neurocirurgia em Londrina, só havia um problema: era médico com uma formação excelente e fazendo o que queria, mas ainda não tinha revalidado meu diploma, fiquei dois anos, mas era difícil porque tinha uma prova de revalidação e pouco tempo para estudar. Minha residência de neurocirurgia não deixava esse tempo, foi quando resolvi parar minha residência para me dedicar para a prova revalidação que fiz em 2005. Faz 12 anos que sou formado e 6 anos que moro em Ivatuba.

 Como surgiu o convite de trabalhar aqui em Ivatuba?

O convite para trabalhar aqui veio após um amigo meu ter trabalhado aqui, tinha feito uns plantões para ele, logo ele saiu e o Adolfo Semprebom, que era prefeito na época, me chamou.

Durante o mandato  do  Prefeito Adolfo Semprebom, você foi nomeado como diretor Clínico do Hospital, como era o quadro da saúde naquele momento?

Na época tínhamos o Vena como secretário da saúde, tínhamos menos funcionários no hospital e no posto, era bom trabalhar aqui, tínhamos problemas como todo lugar tem, mas conseguíamos resolver; e ainda vivíamos como uma grande família principalmente no hospital onde tinha mais contato. Já no posto, só atendi algumas vezes quando o médico que atendia lá não vinha, mas também era muito bom.

Nesses anos de trabalho em Ivatuba, qual o balanço positivo e negativo desse período?

Ivatuba e seu povo me trouxeram muito mais coisas positivas que negativas. Fui acolhido junto com minha família, enquanto trabalhei pude conhecer muitas pessoas de quem gosto, pessoas do trabalho, pacientes, amigos com quem minha esposa e eu nos damos muito bem.

Acho que a coisa negativa foi ter que enfrentar a situação difícil de pedir demissão do emprego aqui por causa de alguns problemas que aconteceram, afinal eu era concursado, estava em casa, gostava do que eu fazia, já conhecia as pessoas, os pacientes e suas histórias, a gente se apega, aí sair dá tristeza.

  

A sua saída na Saúde municipal foi marcada como uma “crise da saúde pública”, que teve diversos desdobramentos, tanto para a administração municipal quanto para a população local, o que você pode dizer a respeito desse fato.

Bem, difícil falar dessa situação, me emociona, foi uma época triste para mim. Como todos sabem amo Ivatuba, decidi morar aqui e não foi à toa porque me adaptei muito com a população, naquela época nunca pensava em política, tinha decidido para minha vida ficar neutro apenas deveria fazer meu serviço. Fiquei surpreendido, achei que trabalhava bem, até hoje não sei o porquê a administração me dificultou para exercer a profissão.

Mesmo você saindo do cargo de médico da cidade, continuou residindo no município, a que deveu esta permanência?

Como eu disse gosto daqui; da cidade e da população, não me vejo morando em outro lugar, comprei casa, terreno, chácara, quero crescer junto com a cidade.

 Em meio a essa turbulência, o seu nome começou a pipocar nas conversas do dia-dia como um provável candidato a prefeito, passado quase um ano do surgimento desses boatos e a menos de dez dias do prazo final das convenções, você é candidato a prefeito de Ivatuba?    

Sou pré-candidato. Foi difícil decidir, as pessoas que convivem comigo sabem, mas acho que tenho muitas ideias para ajudar a cidade, as pessoas me deram um voto de confiança não posso decepcioná-las.

Você é filiado ao PSC, Partido Social Cristão, que segundo as próprias diretrizes,  procura de maneira altiva novos rumos para a nacionalidade, defendendo a conservação do meio ambiente, o desenvolvimento sustentável, o bem-estar dos idosos e aposentados, a segurança no trânsito e os níveis estáveis de emprego. De que forma esses indicativos poderiam ser alcançados também aqui em Ivatuba.

Eu sendo médico, minha principal preocupação é o bem estar das pessoas, acho que é só pensar assim para o resto da administração e tudo dá certo. No bem estar das pessoas, aí já entra emprego, segurança, meio ambiente e tudo mais. Isso tudo não é só uma idéia do PSC, é o que eu sempre pensei que é certo.  

No mês de março desse ano, aconteceu em  Ivatuba um trágico acidente que culminou no falecimento de uma das vitimas, o Sr foi um dos primeiros a socorrer as vítimas. Apesar da situação que Sr se encontrava pode ser considerada rotineira (afinal  já deve ter prestado muitos socorros em casos parecidos) , o ambiente em si exigiu um cuidado maior, (talvez, por causa do fato de conhecer as vitimas), de ao mesmo tempo socorrer as vitimas mas também de prestar apoio aos familiares.  Conte-nos um pouco sobre essa experiência.

Acidente, esse nome já diz tudo, tudo é difícil, desde o atendimento das vítimas, conter as pessoas, acalmar as famílias, dar segurança ao local para não acontecer mais nada, e tudo isso tem de ser o mais rápido possível. Aquele dia estava uma colega de plantão aqui, de pronto me ligaram e pediram ajuda pois o acidente era grave vim para ajudar espero que tenha correspondido, fiquei triste, conhecia as vítimas, hora difícil esta até mesmo para um médico que convive diariamente com isso. Deixo minhas condolências...

O que Ivatuba há de melhor e pior?

Melhor As Pessoas (cidade pequena jeito de família).

Pior As drogas e os assaltos.

Um ídolo?

Minha Mãe (sou tudo graças a ela).

 Um desejo ?

Ter muita saúde para realizar meus sonhos, Não deixar que as tempestades me tirem do caminho.

  Um momento inesquecível? 

O nascimento da minha Filha (Brenda Vitória).

 E o maior tesouro da sua vida?

Meu conhecimento.

O Ivatuba em Foco agradece a honra da  entrevista,  e te deseja muita sorte e  sucesso nessa nova caminhada.


Eu que agradeço João, um abraço a todos foi um prazer estar aqui e Parabéns pelo blog.