O cancelamento das
atividades de contraturno escolar na rede estadual de ensino fez com que cerca
de 68 mil alunos, dos ensinos fundamental e médio, deixassem de frequentar a
escola no horário alternativo às aulas.
O programa, que busca oferecer
atividades culturais, educacionais e esportivas aos estudantes fora do horário
regular de aula, é adotado no Paraná por 680 escolas. Atualmente, 80 delas são
contempladas pelo Programa Ensino Médio Inovador, custeado pelo governo federal
e voltado para alunos do segundo grau; 300 escolas são atendidas pelo Programa
Mais Educação, também do governo federal e voltado para o Ensino Fundamental; e
outras 300 pelo Programa Viva Escola, do governo estadual. Em cada uma delas há
cerca de 100 alunos atendidos.
A paralisação dos
programas tem causado transtorno para os pais de alunos, que dizem não ter onde
deixar as crianças enquanto trabalham. A diarista Luzia Ribeiro, moradora do
bairro Cajuru, conta que conseguiu uma vaga para o filho Carlos Eduardo, de 10
anos, no Colégio Estadual Santa Rosa, no mesmo bairro, mas que no primeiro dia
de aula foi informada que as aulas do contraturno estavam temporariamente
canceladas e que não havia previsão de retomada. “Com quem vou deixar o meu
filho?”, questiona Luzia, que mora a seis quadras do colégio. Ela afirma que,
até agora, Carlos Eduardo tem ficado com a avó, que está doente. “Ela não tem
saído muito esta semana, mas vai começar a fazer exames e ficar muito tempo
fora de casa. Vou acabar tendo de deixá-lo sozinho”.
Sem alternativas
A Secretaria de Estado
da Educação (Seed) admite o problema. A chefe da Superintendência de Educação
do órgão, Meroujy Cavet, afirma que as aulas foram canceladas devido a um
processo de avaliação interna das atividades que hoje são oferecidas nas 680
escolas. O objetivo, segundo ela, é catalogar as atividades, fazer um
diagnóstico sobre qual tem sido a resposta da comunidade ao que é ofertado e
reavaliar se elas sofrerão readequações. “As atividades de contraturno são
muito diversas. Demos uma segurada [no programa] para ver se aquela atividade
realmente atende a comunidade, ou se ela é pouco atrativa. Se ela não atende,
não segura o aluno na escola”, diz Meroujy.
A superintendente da
Seed afirma que optou por cancelar as atividades, e não mantê-las enquanto a
avaliação é feita, para não correr o risco de ter de suspendê-las após já
estarem sendo desenvolvidas pela escola. Meroujy afirma, no entanto, que por
enquanto a maioria das atividades apresentou resultados positivos na avaliação.
Pelo menos 900 alunos deixaram de ter a oportunidade de rever conteúdos de Matemática e Português no contra-turno escolar de colégios estaduais em Maringá.
Ao todo, só em Maringá 15 colégios perderam as Salas de apoio e reforço. Em Ivatuba, no Colégio Estadual São Francisco de Assis o contraturno continua.
A promessa da Seed é que até a metade deste mês as atividades sejam retomadas nas 680 escolas, até porque a secretaria precisa honrar os convênios feitos com o governo federal por meio do programa Mais Educação e do programa Ensino Médio Inovador. A superintendente afirmou que “os pais podem ficar tranquilos”, mas não especificou se o governo oferecerá uma alternativa para as crianças até o prazo dado.
Ao todo, só em Maringá 15 colégios perderam as Salas de apoio e reforço. Em Ivatuba, no Colégio Estadual São Francisco de Assis o contraturno continua.
A promessa da Seed é que até a metade deste mês as atividades sejam retomadas nas 680 escolas, até porque a secretaria precisa honrar os convênios feitos com o governo federal por meio do programa Mais Educação e do programa Ensino Médio Inovador. A superintendente afirmou que “os pais podem ficar tranquilos”, mas não especificou se o governo oferecerá uma alternativa para as crianças até o prazo dado.
A educação já tá ótima mesmo! Eita governinho sem-vergonha!!!
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